Dentes certinhos e alinhados nem sempre são uma realidade, e é preciso recorrer ao tratamento ortodôntico para que o problema seja resolvido. Somente um especialista poderá indicar a melhor forma de realizá-lo, e quais são as opções disponíveis para o seu caso. Vale lembrar que hoje em dia há uma variedade impressionante de aparelhos, basta encontrar o melhor para você. Mas como algumas dúvidas podem surgir ao longo do caminho, preparamos um artigo exclusivo com tudo que você precisa saber sobre o assunto.
Aparelho ortodôntico
O sorriso metálico normalmente chama bastante atenção, principalmente quando se é criança e não se sabe ao certo qual a função do acessório. Por isso, que tal compreender a verdadeira importância do aparelho, e sanar outras possíveis dúvidas, como o tempo de duração e a melhor idade para iniciar o tratamento?
1.1 Entenda a importância do tratamento ortodôntico
Usar aparelho está longe de ser o sonho de alguém, mas às vezes é necessário, e não somente por uma questão estética, mas de saúde. Esse tipo de tratamento normalmente é indicado para pacientes que precisam melhorar problemas relacionados à arcada dentária, como dentes tortos e/ou desalinhados. A má oclusão pode trazer diversas consequências para o paciente, desde meras dores de cabeça até disfunções nas articulações da mandíbula, e para evitar que esse tipo de situação aconteça, os aparelhos são uma ótima alternativa. Fora que há casos em que o uso do aparelho é essencial, bem como a cirurgiã-dentista Renata Paraguassu ressalta: “Dentes apinhados trazem maior dificuldade de higienização, e com isso maior risco ao aparecimento de cáries e doenças gengivais”.
1.2 Será que meu filho precisa usar?
Ir ao dentista em qualquer fase da vida é importante, mas durante a fase de troca de dentição essas visitinhas são ainda mais necessárias. Isso porque é nessa fase que o especialista vai fazer uma avaliação de como está sendo formada a arcada dentária da criança. “Nessa análise, avaliamos não só a presença de mordida cruzada, mordida em topo, cáries, hábitos parafuncionais do paciente, como chupar o dedo ou roer unha, diastemas, bem como toda a estrutura óssea e a proporcionalidade dos ossos”, explica o ortodontista Giovani Borille.
Quanto aos hábitos parafuncionais, os pais mesmo podem observá-los em casa: morder canetas, roer unhas, a respiração bucal e o uso de chupeta ou mamadeiras podem ser uma das causas para que a criança precise passar pelo tratamento ortodôntico. Quer saber outros sinais que também merecem a sua atenção? O dentista Ney Barreto indicou 5:
• A criança fica o tempo todo de boca aberta;
• O centro da arcada superior não está alinhada ao centro da inferior;
• Possui dentes afastados um do outro;
• Algum dente está nascendo por cima do outro;
• Está chupando o dedo.
1.3 Qual a melhor idade para iniciar o tratamento?
Apesar de muitos acharem que o uso do aparelho ortodôntico é indicado somente após o nascimento de todos os dentes permanentes, o especialista Robson Caumo garante que não há regra para isso e alerta: “Quanto mais precoce o tratamento, melhor o prognóstico”. O motivo para isso é simples: o desenvolvimento dentário e estrutural da boca varia de pessoa para pessoa, portanto não há como estipular um “prazo” para a indicação do tratamento. Apesar disso, boa parte adota o aparelho por volta dos 10-11 anos, durante a fase mista de dentição, já que o ideal é que esta intervenção só seja feita quando as trocas dentárias estiverem mais avançadas, com a presença dos primeiros molares permanentes e os incisivos já erupcionados.
No entanto, vale lembrar que há casos extraordinários em que o tratamento precoce é a melhor opção, como Robson destaca: “Casos onde temos, por exemplo, uma sobremordida profunda, biprotrusão, desnivelamentos exagerados, rotações dentárias, dentre outras situações clínicas, pode-se iniciar precocemente o tratamento ortodôntico no paciente. Outra indicação é quando a adesão aos aparelhos ortopédicos (aparelhos móveis) não tem uma boa aceitação”.
1.4 O tempo de tratamento pode variar, mas vale a pena
Como cada caso é um caso e possui suas próprias especificidades, não é possível determinar um tempo mínimo ou máximo para que o tratamento seja finalizado – até mesmo porque muitas vezes depende principalmente do próprio paciente para que o tempo seja reduzido ou aumentado. Por isso, alguns casos às vezes levam mais tempo do que o esperado, como explica a dentista Andréia Cotrim: “Quanto mais severa a má oclusão, maior poderá ser o tempo necessário para sua correção”.
Além disso, o paciente também deve seguir à risca as orientações dadas pelo profissional se a ideia é se livrar dos ferrinhos o mais cedo possível. Sem os cuidados indicados, é bem provável que o processo levará ainda mais tempo para ser concluído. Mas nem pense em desistir, hein? Andréia alerta que essa atitude pode ser bastante arriscada: “Caso o planejamento seja interrompido, poderá haver uma diminuição na estabilidade do caso, ocorrendo o reaparecimento da má oclusão apresentada anteriormente”.
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